sábado, 29 de março de 2008

Tomar um vinhozinho sozinha e pensar nos problemas.
Ah, por que tantos? Eles norteiam toda a minha existência. Lembranças, antigas, vêm a tona. Vêm revoltas. Vêm sarcásticas. Acumúmulo, acumulo, acumulo.. oh Deus. :(
Mas a vida é ou não bela? Mesmo com todos os defeitos?
Me sinto tão pequena nesse imenso mundo azul. Me sinto tão ínfima, tão insignificante perto das fraquezas do mundo e dos outros.
Os problemas, as dificuldades me arrastam como ondas que devolvem o que pertence ao mar e que leva dejetos pra ele. E eu Eu sou o mar. Na verdade.. sou um lago. Não chego a tanto.. quem sabe uma bacia cheia de água, ou pela metade.. ou apenas.. um copo. Isso um copo de água. E nele provoco minhas tempestades me dizimando ainda mais. Mas ser mar, lago. bacia que adianta se a alma não é pura? Que adianta se o ser não é iluminado? Mas, precisa? Tem que haver luz? O que há nas trevas que todos temem? Até eu. Eu temo mas tenho curiosidades. Será que são males piores que os meus? Sortes piores que as minhas?
Sento na mesa da cozinha. Todos os nadas me acompanham. Sinto-me só e ao mesmo tempo tumultuadamente acompanhada. Ouço as músicas que o rádio toca e penso.. "como uma coisa inânime toca melhor que eu?" Por que ninguém vem ao meu encontro? não sei. Acho que por.. sinceramente? não sei.

Mas prefiro continuar sem saber e preferindo a escuridão como apoio, apoio-me no chão.

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